Hoje é um daqueles dias, quando recebo aquela visita insistente e inconveniente.
Por que insiste em vir? ... não bate na porta, não avisa sua chegada, simplesmente chega e se instala como se fosse esta a sua casa.
Sua presença me incomoda, me faz sofrer, me faz pensar, me faz doer.
Traz a saudade do que não tive, saudade do que não vivi, saudade do que nunca senti.
Ah! visita indesejada, que me castiga e me faz poetizar... Vá embora antes que eu comece a sangrar.
Não és bem vinda.
Pegue sua mala de saudades e sonhos distantes e vai pra longe de mim.Pare de me perseguir.
Espero um dia, a minha porta estar fechada para ti e não encontrares mais abrigo em minhas lágrimas, em minha cama, em meu coração, em meus sonhos.
Então, minhas noites serão de luares e estrelas, meus dias serão de luz e agitação, os meus sonhos estarão presentes.
Sonho de perto, sonho pra abraçar, sonho que me chame de 'rosa' e me deixe toda prosa.
Este dia irá chegar. Mas, enquanto não chega, vê se esquece meu endereço. Me esqueça.
Eliane Lira
São Paulo, 28/06/2004 as 00:10
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